Ao ouvir: Sobra Tanta Falta - Teatro Mágico
Quando o sorriso já transparece a tristeza, tal, escondida por anos. Motivo esquecido de tão amadurecido, transfigurado em medo, solidão perpetuada. Sempre só, rindo, sem saber quem está, amar antes de si, e assim morrer, crime arquivado. Revolução é o x da questão, da sociedade, que só minha é, aqui dentro protestou, e de dentro trancou-se ...
- E então o que és ? - perguntou-me, aguçando-me ao amor.
- Sou nada - é assim, digo, sem dó e com muito discriminação - Sou nada! por mais triste que pareça eu realme sou nada. Me digas, tu, quem até hoje me amou por eu ? Jamais, se nem eu . Falo por linhas nao feitas, pra nunca alguem me entender, brinco mais com o mundo do que ele sonha que eu brinque, e então hoje jogo na cara: "sou o bebê que o mundo não criou." Me escondi, sempre, covarde, sim, na plateia, sempre, palco ? sonho. SONHO! e agora, o tremor de subi-lo, me impede tanto que continuo, sempre, parada sem ninguém perceber, fazendo teatro de rua pra todos que na praça passarem, olharem e não ficarem.
- Eis então aqui o palhaço, o dançante, berrante, primeiro ato! haha, rostos tristes, sorrisos espertos, malicia no andar, ei, tudo gira ?
- Tudo, exceto o epicentro, o tormento, o ego. Quuee vazio, completo, completo com o outro ego. cadê ? estrago o ato final.
- E se a brincadeira fosse vida, o palhaço amor, quem dirá que o final é esse se não o Palhaço autor ? Se eu rimo confirmo, que o distino é digno, de atos, autores de si, e crendo ou não a vida não é só ilusão, esconde-se, até um maluco qualquer te jogar no meio do palco com cortinas fechadas, luz focalizada, e assim saber que aquele sim é o seu grande palhaço amador, ama-dor, ama e dor, por que se não o amor por que dor ? se não a dor, o que é o amor ?
- O picadeiro, palco, luz, sombra e tremor. Entendes o que hoje não digo? Ou o que jamais direi ? Se hoje já não sei, não temes um dia realmente não saberes? Agradeço pelo amador, mas com a certeza de não amar a dor. Prometo-me aprender, antes, a amar a bailarina, que dança e chora, e nem sabe, si, outrora. Para então dizer, com grande orgulho e prazer: " Respeitavel público ! "
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